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CRÍTICA: Agents of SHIELD – 4ª Temporada

Agents of SHIELD

Sim amigos, estamos um pouco atrasados na crítica da 4ª temporada de Agents of SHIELD, mas, te digo que foi um erro legítimo e justificado: simplesmente me faltava vontade de voltar à assistir a primeira grande série do Universo Cinematográfico da Marvel porque o gosto após 3 temporadas irregulares era sim um pouco azedo. Mas, que erro, pois o último ano de Agents of SHIELD foi simplesmente espetacular!

Crescimento dos personagens

Se nas 3 primeiras temporadas acompanhamos uma certa crise de identidade da série, que por vezes, parecia perdida, sem querer integrar-se 100% ao Universo Cinematográfico da Marvel, aqui, temos a mesma achando o seu próprio caminho, identificando oportunidades negligenciadas, ou mesmo, fora de contexto para o atual cânone de filmes. As menções aos principais acontecimentos do cinema seguem lá, porém, não são âncoras pesadas que obrigam os redatores a conduzir a narrativa de maneira desconexa com os personagens e tramas que a história apresenta. Com essa “independência”, podemos acompanhar o desenvolvimento de praticamente todos os protagonistas, assim como, a relação entre eles. E isso, é um fator fundamental para gerar a empatia junto ao público.

Madame Hidra
Madame Hidra

Se por um lado, tínhamos em outros anos a excessiva abordagem às individualidades – que inclusive acabava por enfraquecer  personagens (Grant Ward se tornou um dos casos mais irritantes da história da TV pela insistência, mesmo depois de um desenvolvimento bem razoável) – no quarto ano de Agents of SHIELD a melhora nessa aspecto é gigantesca! A escolha por apresentar os agentes em muitos momentos como duplas, ajudou a dar camadas nunca antes vistas na série. Vide o fortalecimento da relação entre Phil Coulson (Clark Gregg) e Melinda May (Ming-Na Wen), Mack (Henry Simmons) e Ioiô (Natalia Cordova-Buckley), Jemma Simmons (Elizabeth Henstridge) e Leopold Fitz (Iain De Caestecker, fantástica atuação!), Daisy Johnson (Chloe Bennet) com cada um dos demais fortalecendo assim a sua posição de protagonista junto com Coulson, AIDA (Mallory Jansen, também fantástica!) e Radcliffe (John Hannah) e até mesmo o já mencionado Grant Ward (Brett Dalton) com Daisy.

Agents of SHIELD é quadrinhos puro!

Para o fã mais hardcore de HQ’s, a temporada foi de cair o queixo! À começar pelo formato de mini arcos conectados durante toda a sequência de episódios que dava um ritmo eletrizante à história. Se nos anos anteriores, a narrativa era cansativa em alguns momentos (risco recorrente em séries com mais de 20 episódios), abordando de forma demasiada alguns fatos não tão interessantes, no último ano de Agents of SHIELD os picos eram constantes, com vários cliffhangers realmente eficazes e os inusitados pós créditos (referência muito bem adaptada dos filmes da Marvel) criando novas situações que despertavam de fato o interesse pelo próximo capítulo.

Motoqueiro Fantasma
Motoqueiro Fantasma

Sobre a relação com os quadrinhos, os roteiristas foram muito felizes na ideia de utilizar elementos e personagens que eventualmente nunca serão aproveitados nos filmes, com isso tivemos:

  • Finalmente um puta Motoqueiro Fantasma nas telas (depois de dois filmes discutíveis com Nicolas Cage);
  • O conceito dos modelos de vida artificial;
  • A adaptação do herói Patriota (para quem não sabe, foi o Capitão América regular nas HQ’s durante algum tempo);
  • “what if” (“o que aconteceria se” no bom português);
  • E ao que tudo indica, SWORD na próxima temporada.

Veredito!

Amigos, a temporada foi 5 estrelas! Mal posso aguardar pelo próximo ano de Agents of SHIELD. A série achou o seu espaço! Se continuar na mesma batida, certamente teremos novas histórias de qualidade envolvendo o grupo e também personagens “esquecidos” das HQ’s. Além da garantida de um ótimo entretenimento!

Ps.: Sério, tirando Demolidor e alguns momentos de Jessica Jones, Agents of SHIELD deu um laço nas séries da Netflix.

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