Embora a Central Vingadores seja um site estritamente focado em produções da Marvel, sempre que possível vamos dar espaço para filmes que colaborem com o crescimento do gênero de super heróis nas telonas.
E esse é o caso da iniciativa do cinema russo Os Guardiões (Zaschitniki no original). A Paris Filmes é a responsável pela distribuição internacional do longa.
O que achamos do filme Os Guardiões…
Na história, uma organização secreta russa chamada “Patriota” cria um programa de supersoldados em plena Guerra Fria. Anos mais tarde, após a conclusão do período de animosidades com os EUA, eles são obrigados a convocarem antigos recrutas do programa a fim de combater a ameaça do vilão August Kuratov. O mesmo, foi o cientista responsável pelas experiências que transformaram os recrutas em humanos superdotados.
O vilão Kuratov
Pois então, é justamente no vilão que começam os problemas. Primeiro, pelas falas horrorosas, absolutamente clichês de qualquer antagonista de filme de terceira linha. As mesmas são ressaltadas pelas falhas de roteiro no que compete aos planos diabólicos de Kuratov. Em determinado momento do filme, nos perdemos diante de tantos objetivos mirabolantes. Pois ele quer simplesmente dominar o mundo, ser reconhecido como o maior cientista do mundo, quer ter o controle sobre todos os meios de comunicação… do mundo, pretende escravizar os heróis e por aí vai…
E olha que tem coisa pior no vilão: o seu visual. Que maquiagem feia, deusulivre. O estilo bombadão feito com roupa emborrachada é ridiculamente perceptível na tela. Além disso, uma aparência estranha, cheia de conectores inúteis que nos fazem lembrar do péssimo Bane de Batman & Robin (simplesmente um dos piores filmes de heróis de todos os tempos…).
Referência Marvel e DC
Sobre o roteiro, existem muitos furos. Até engana um pouco no início sabe, mas logo em seguida permite com que o espectador se perca devido à tantas informações desconexas. Isso pode ter acontecido em decorrência de um outro problema do longa: sua edição. Extremamente picotada, talvez, em função da necessidade de encaixar toda a história em misera uma hora e vinte e poucos minutos de duração. Ainda sobre o roteiro, referências escrachadas de filmes da Marvel e DC (a cena em que o vilão quebra a coluna de Ler é idêntica a do vilão Bane com Batman em Batman Ressurge). Sério, passa muito do tom…
Combinando roteiro, edição e trilha, temos um outro problema no filme que é a maneira exagerada como a trilha “marca” o tom de alguns momentos, como os mais sentimentais. Exagerado pois fica muito evidente a tentativa do filme de te envolver em algo sem profundidade, afinal, a história em si não te leva a ter empatia com os personagens e situações apresentadas.
Pontos positivos…
Nem tudo são espinhos em Os Guardiões. As soluções visuais do filme são bem interessantes. Em muitos momentos, confunde-se perfeitamente com uma produção hollywoodiana. Não é constante essa qualidade (pois existem falhas, em especial, com o herói que se transforma em um urso), mas definitivamente não incomoda. Sobre os heróis Magneto com Chicote, Hulk Peludo, Mulher Invisível Tatuada e Soldado Invernal Velocista, ops, desculpa, na verdade é Ler, Arsus, Khan e Xani também evidenciam as cópias explicitas de filmes da Marvel (vide piadas dos nomes desse que vos escreve) e a construção dos mesmos é rasa, novamente atestando as fragilidades do roteiro.
Os Guardiões
O filme estreia no próximo dia 31 de agosto. Embora essa crítica possa ter reduzido drasticamente as suas expectativas, sugiro que você vá conferir a produção. Como incentivo mesmo, ou, para dar umas boas risadas…
Ah, tem cena pós creditos. Bem, só pra avisar kkkkk