Pular para o conteúdo
Capa > Papo Reto > CRÍTICA: Vingadores Guerra Infinita (sem spoiler, sem filtro, mas com coragem!)

CRÍTICA: Vingadores Guerra Infinita (sem spoiler, sem filtro, mas com coragem!)

CRÍTICA Vingadores Guerra Infinita – sem spoiler, sem filtro, mas com coragem 00

E chegamos ao tão aguardado dia 26 de abril! Vingadores Guerra Infinita, o filme que determina o apogeu da jornada iniciada pelo Marvel Studios há 10 anos atrás, já está entre nós. No mesmo, temos a esperada apresentação do vilão Thanos (Josh Brolin). E claro, o destaque devido à saga envolvendo a busca pelas seis Joias do Infinito.

Explicações preliminares

Antes de continuar, reafirmo que esse review não contém nenhum spoiler do filme, e também, peço perdão pelo que chamei no título de “sem filtro”. Especificamente sobre esse termo, justifico-o dizendo que por vezes (muitas, provavelmente), a emoção estará acima da razão nessa crítica. Isso porquê, diante do que vi há poucas horas no cinema – potencializado por toda a expectativa que o mesmo merece – não conseguirei exercer 100% a função de um “crítico” nesses parágrafos.

Dando sequência às justificativas envolvendo o tema desse artigo, chegamos ao “com coragem”. E sobre isso, não há melhor maneira de contextualizar essa expressão do que afirmar que Avengers Infinity War é uma obra corajosa do Marvel Studios. Afinal, se outrora o núcleo criativo do estúdio optava por soluções passivas, de maneira que não gerasse discordâncias junto à audiência menos adepta à mitologia dos quadrinhos, em Guerra Infinita existe consequência. Ou seja, certas ou não, as escolhas são feitas.

crítica vingadores guerra infinita

O que eu quero dizer com isso, é que, o termo pejorativo “Fórmula Marvel”, erroneamente utilizado por alguns, está ultrapassado. Usando de analogia, essa expressão seria apenas uma fase da adolescência de um adulto responsável seguro e ciente das suas responsabilidades. Ou seja, o Marvel Studios adquiriu a maturidade. E com isso, pode fazer escolhas importantes. Como por exemplo, adaptar para o cinema uma saga das HQ’s com algumas dezenas de personagens. E também, conferir à um vilão o papel de protagonista.

O equilíbrio no filme

Sobre o primeiro desses dois pontos, precisamos dizer: quanta maestria no equilíbrio envolvendo tantos heróis, tão distintos, em uma mesma narrativa. De fato, foi espetacular o trabalho realizado pelos roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely nesse ponto. Isso porquê, com exceção de alguns poucos personagens, todos ganham destaque em algum momento do filme.

Entre eles, vale destacar a figura imponente (e surpreendente) do Thor de Chris Hemsworth, Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch), Zoe Saldana (Gamora) e claro, o Tony Stark de Robert Downey Jr.

Ao mesmo tempo, também não podemos deixar de elencar – com tristeza – àqueles heróis que deixaram um pouco à desejar. Esse foi o caso, principalmente, do Capitão América (Chris Evans) e do Pantera Negra (Chadwick Boseman). Personagens icônicos do MCU cujo o papel na Guerra Infinita torna-se apenas funcional para as cenas de ação do filme.

O amadurecimento do estúdio também na produção

E por falar nas cenas de combate, cara, todas elas estão fantásticas! Se em outras produções do MCU existiam dificuldades crônicas com a aplicação de efeitos visuais durante as sequências de ação, em Vingadores Guerra Infinita praticamente tudo é verossímil. Pois a maioria das as cenas são muito bem produzidas, palpáveis e geram uma imersão absurda por parte do nobre espectador. Ou seja, o Marvel Studios reconheceu os seus erros recentes. E consciente da importância e expectativa em torno de Infinity War, entregou uma obra épica, com um acabamento impressionante!

Não só no que compete à ação, mas também, no uso apurado do CGI na construção dos vilões. Afirmo isso, pois a caracterização de Thanos e a sua Ordem Negra é impressionante. Suas expressões são detalhadas. E por mais fabulosos que os personagens sejam, parecem que são reais.

Sobre Thanos, o que dizer… é o vilão que tanto aguardávamos. Cheio de camadas, o protagonista do filme consegue gerar empatia junto ao público. Suas motivações são devidamente explicadas e justificam suas atitudes. Mesmo que, os meios aplicados sejam exageradamente radicais.

Drama X humor

Ao mesmo tempo, o esperado tom epilogal da história não é motivo para omitir as tradicionais piadas do MCU que tanto adoramos. Elas seguem lá, e não são comedidas. Porém, são encaixadas com maestria de maneira que não suavizam o tom dramático da jornada que está sendo contada.

Não posso deixar de dizer algo antes de concluir:

Parabéns Anthony e Joe Russo pelo espetacular trabalho de direção desse filme. E Kevin Feige, nós te amamos!

O veredito – Vingadores Guerra Infinita

Por fim, Vingadores Guerra Infinita é tudo, e mais um pouco do que esperávamos. Suas escolhas são a garantia de que a primeira década de MCU que se concluiu agora é apenas um primeiro capítulo de muitas outras sagas que serão narradas futuramente no cinema.

De novo, o Marvel Studios chegou á maturidade. E com isso, pode se reinventar. De maneira que, histórias e personagens cada vez mais distintos perpetuem esse legado emocionante no cinema. Tudo isso, não só para os fãs hardcore dos quadrinhos, mas também, para a grande massa que se estende à todos os membros de uma família, do netinho ao vovô.

E que venha Vingadores Ultimato!

Marcações: